15- No casulo, sem respostas

Sofia caminhou apreensiva até a porta. Estava chegando alguém.
Um casal com duas crianças entrarou e foram direto ao balcão. As crianças usavam coletes em tom oliva, com uma borboleta bordada do lado direito. Era a mesma borboleta vinha intrigando Sofia desde que veio parar nesse novo mundo.
O casal que as acompanhava falavam em francês e usavam roupas muito semelhantes às dela. Calças feitas de um tecido parecido com lona, camisetas de malha branca e um colete revestido com o mesmo tecido da calça. Quando se viraram, Sofia pôde ver que estavam com a mesma placa de aço que ela usava.
Era um código. O fato a intrigou. Devia ter um significado importante. Buscou respostas. Novamente sua mente ficou em silêncio.
As duas crianças correram até a porta e pararam aguardando os pais, que estavam alguns passos atrás. Neste momento, Sofia notou suas feições. Não se pareciam com o casal, o que significava que não eram filhos biológicos.
Uma, tinha feições orientais e a outra era negra. Aparentavam ter uns quatro e cinco anos.
Saíram protegidos pelas mesmas capas que ela e Matheus usavam.
Novamente o vidro da porta mostrou apenas o reflexo desconexo de Sofia. Estava escuro lá fora. Não demorou muito para a porta se abrir novamente. Era Matheus com seus filhos.


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